quinta-feira, 12 de julho de 2012

AUTOFLAGELAÇÃO É UMA REAÇÃO AO ESTRESSE E ANSIEDADE, DIZ PSIQUIATRA


autoflagelação é um comportamento que se relaciona na psiquiatria com os transtornos dos controles dos impulsos. O sintoma pode se manifestar de formas diferentes, como no abuso de álcool, de drogas, comportamento sexual compulsivo, jogo, entre outros.
A avaliação é do médico psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes) e professor do Departamento de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).


Segundo Silveira, quando as pessoas não conseguem controlar um impulso, isso tem um reflexo em seu comportamento. "Se tem uma manifestação de raiva, ela pode se dirigir contra si mesma. O ato suicida seria uma outra forma de autoagressão. Isso tem a ver com uma desregulação desse controle da impulsividade", diz.
Quem possui esse sintoma, explica Silveira, geralmente percebe a inadequação de um ato, mas apesar de toda a crítica que tem consigo mesmo, não consegue se conter, o que gera grande sofrimento.
A autoflagelação se manifesta em qualquer fase da vida de um indivíduo, principalmente na adolescência. De acordo com o médico, atos suicidas são mais frequentes em homens, enquanto que o comportamento automutilatório se apresenta em mulheres.
O psiquiatra ressalta que o sintoma está ligado à baixa concentração de serotonina no cérebro. Como consequência, um dos tratamentos para o problema é a indicação de antidepressivos para repor a falta de substâncias.
Embora a medicação ajude muito, a autoflagelação tem um fator psicólogo envolvido, afirma o médico. "Esses pacientes em geral precisam de um trabalho psicoterápico no sentido de reestruturar a vida do indivíduo, para ele não recorrer a esse tipo de ação como reação a estresse e ansiedade", conclui.

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